Amigos, aconteceu o que tinha que acontecer: o Vasco ficou na série B. Teve sorte. Poderia ter caído para a série C. O resultado foi o previsto, sem surpresa. O presidente Jorge Salgado falhou lamentavelmente na tarefa de conduzir o clube de volta à elite do futebol brasileiro. Primeiro, ao trocar o técnico Vanderlei Luxemburgo por Marcelo Cabo trocou champagne “Moet et Chandon” por vinagre. Pior que isso, no entanto, foi ter trazido o Alexandre Pássaro. Incompetente e arrogante, o gerente de futebol montou um pessimo time. Trouxe jogadores velhos, cansados, contundidos, sem ritmo de jogo, baseado apenas no fato de, um dia, eles já terem jogado alguma coisa ou estarem em busca de redenção. Deu no que se viu.
Para piorar tudo, dois problemas adicionais tornaram o desafio de retornar à série A missão impossível. Primeiro, a base do Vasco é fraquíssima. Os jogadores dela oriundos, que deveriam formar a alma do time, são limitadíssimos. Segundo, o time sofre de uma síndrome rara, doença contraída na época do Eurico Miranda. medo da própria sombra. Há times que têm medo de perder, outros de ganhar. O Vasco tem medo dos dois. A covardia demonstrada em momentos cruciais dos jogos deste ano custou uma quantidade de pontos extraordinária, que poderia ter levado o time a liderar o campeonato. Por outro lado, a repetição dos erros a cada jogo mostrou a incompetência dos psicólogos do Vasco no capítulo "psicologia do esporte''.
A pergunta é: e agora? A resposta é fácil. Ou muda tudo - a começar pelo Antonio Pássaro - ou vai sofrer no Estadual. Do jeito que está, o time não ganha de times do naipe de Boavista, Volta Redonda, Portuguesa etc. sem falar em Flamengo, Fluminense e Botafogo.
Para o presidente, o desafio é simples: formar um time forte sem dinheiro. A ideia de ter um time que "dá pro gasto", esperando subir, para depois se fortalecer, é simplesmente absurda, como vimos agora.
A solução é recorrer a única coisa que restou do Gigante da Colina: a torcida.
Destruído por 30 anos de gestão catastrófica, o Vasco só pode retomar o caminho de glórias com o amor da torcida, exatamente, como em 1923, quando subiu de segunda divisão do Rio para seu destino nacional. Para catalisar esse amor, transformá-lo no motor capaz de impulsiona-lo rumo ao seu destino de glórias, o clube precisa “apenas” de dirigentes honestos, competentes, credíveis, e que não pensem em satisfazer seu ego, apenas no bem do Vasco. Algum candidato a vista?